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QUEM FOI MARIA DO CAIS

Afinal, quem foi Maria do Cais? A história mais popular


Reza a lenda, que "seu nome era Olga da Silva Leutério. Sua última encarnação foi por volta da década de 60.


De origem pobre, foi adotada ainda criança por uma família de alemães. Sofreu na pele a violência aos 7 anos de idade, quando foi violentada pela primeira vez, e mais tarde sofreu assédios e foi abusada também pelo próprio padrasto. Por conta desse acontecimento, fugiu de casa, para viver em Itajaí em meados da década de 70.
Se instalou nos arredores do cais, indo morar num antigo prédio abandonado da prefeitura da cidade. Lá fez muito amigos e ‘protegidos’, pois todos os que não tinham condições de moradia, passavam a viver também no antigo imóvel. Olga era considerada a líder do local, no entanto, embora exigisse que todos ‘andassem na linha’ sem bagunça ou confusões, defendia com unhas e dentes os seus companheiros. Olga tinha um enorme coração, era valente e desbocada, fazendo o fosse preciso para defender a si mesma e aos outros.
Para sobreviver, foi obrigada a se prostituir, prestando seus serviços aos trabalhadores locais e aos homens que chegavam nos navios. Mas isso não durou a vida toda.

Entre estivadores e pescadores, viveu a bela moça de corpo estonteante.
Não havia ninguém no cais que não tivesse ouvido falar dela. Por ser muito bonita, chamava a atenção por onde passava. Na beira do cais, rodava a baiana. Não levava desaforo para casa e não tinha medo de nada.
Mais tarde, esse lugar, onde ela morava, o antigo prédio, se transformou em um bordel chefiado por Olga. Com isso, ela passou somente a supervisionar outras moças, que assim como ela ‘faziam a vida’. Então Olga deixou a profissão, se tornando dona do lugar.
Ela fez muita coisa errada na vida, até mesmo por motivos de sobrevivência, mas era dotada de imensa solidariedade
Era muito amiga, de coração tão grande quanto a sua fama pela cidade.
Um certo dia, ela foi convidada a ir a um cruzeiro que vinha da Argentina, com suas moças, para acompanhar um grupo de argentinos.
As moças estavam em quartos separados, de portas trancadas. Maria saiu de seus aposentos e foi bater de porta em porta para chamar, avisando que a embarcação iria afundar. Todas as moças conseguiram sair do navio, graças a Olga, mas ela mesma ficou presa dentro do navio e não houve tempo de socorrer. A embarcação naufragou e somente ela faleceu. 

Pouco tempo depois de sua desencarnação, foi seu espírito foi socorrido no plano espiritual por Maria Padilha e desde então passou a trabalhar da mesma forma que trabalhava aqui na terra: Ajudando a todos que a procuram. Com o mesmo coração e cuidado com que defendia os seus amigos.
 
Adotou o nome de Maria do Cais, como a conhecemos hoje, mas às vezes ela se apresenta como Maria da Beira do Cais ou Maria Navalha do Cais.

Trabalha em duas linhas: como malandra, ao lado de Maria Navalha e como pombagira, ao lado de Maria Padilha. No entanto, se apresenta também na Linha de Marujos, dependendo da demanda a ser trabalhada.

Conclusão: 


Essa é uma das mais populares histórias sobre Maria do Cais, que como tantas outras Marias, viveram nos cais, nas ruas, nos bares em busca de uma vida melhor. 
O fato é que Maria do Cais é muito admirada e uma das entidades mais populares. Não importa de onde veio, o que se sabe é que independentemente disso, ela foi uma mulher forte, corajosa e fez de tudo para sobreviver num mundo em que foi tão maltratada e iludida por homens em busca de prazer carnal e que pagavam com humilhação e violência. 
Hoje Maria do Cais trabalha principalmente nas questões de amor, traição, aconselhamento, magia e mandinga. Muitas pessoas a  confundem com a Mestra Juremeira Maria do Acaís. A Mestra Juremeira é outra entidade, trabalha numa vertente bem diferente e nada tem a ver com Maria do Cais, a malamdra pombagira.

Laroiê! Salve a Pombagira Maria do Cais!
Salve a Malandra Maria do Cais!

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